segunda-feira, 20 de julho de 2009

Por que Clark Kent em Paraty?


Esse é o dilema de todo escritor que não vive do que escreve e, mais ainda, daquele que ainda não publicou "o romance". Você passa a semana toda como aquele burocrata de terno e gravata, comparecendo direitinho na repartição. Ninguém que o veja no restaurante a quilo, na fila do banco, no ponto de ônibus imagina que, no sábado, naquele dia em que você consegue fugir da rotina, você se transforma, bota a capa vermelha vistosa, o collant azul e sai voando assim que começa a escrever. Nessa hora em que o texto vem, você é de fato invulnerável. Aí, no fim do dia, você recolhe a caneta e o caderno, bota os óculos de novo e volta a ser Clark Kent. Essa é sua vida dupla.
Paraty? Paraty é a FLIP, aqueles cinco dias de adrenalina e papos sobre literatura e tudo o que você quer é deixar de ser Clark Kent e assumir o seu lado Super-Homem em tempo integral. Acho que estou a caminho disso. Só não cheguei lá ainda.

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