domingo, 19 de fevereiro de 2012

Quero água

Domingo. Não foi um dia tão bom quanto ontem, ainda mais porque passei o dia preocupada com o problema de possível falta de água aqui no prédio. Pouca água entrando, cisterna quase vazia e o prédio cheio de mais gente que o normal. Com alguma sorte e um pouco de administração, vai dar para encher metade da cisterna esta noite e já vou ficar mais tranquila amanhã. O que eu tenho a ver com isso? Tanto a cisterna quanto a bomba que joga água para a caixa no telhado ficam no meu apartamento. A solução mais simples é desligar a bomba para deixar água acumular na cisterna durante a noite e usar o mínimo de água para não esvaziar a caixa. Como sou a única pessoa no prédio esta noite, isso vai ser mais fácil.

Apesar de tudo, deu para avançar um pouco e amanhã devo conseguir fechar o primeiro caderno e passar para o segundo. Eu tinha começado uma nova cena na sexta, mas vou deixar essa para continuar durante minha hora de almoço. Eu ainda sinto que tem uma outra cena para encaixar nessa reta final do romance, mas não sei direito o que é. Mais uma vez, é o velho processo de tatear o caminho para sentir o que falta, o que tem em excesso. Apesar da intromissão das preocupações cotidianas, estou conseguindo relaxar o suficiente para ter aquela sensação de que a sexta foi há séculos. E claro que vou dormir tudo o que puder esses dias para estar bem fresquinha na quarta quando volto ao trabalho. Estava super cansada essa semana que passou. Eu me lembro de estar na calçada central da Almirante Barroso, esperando para atravessar a caminho do trabalho e me baixou aquele cansaço às 8 da manhã. Essa foi uma semana difícil, correndo para terminar uma tradução enorme na sexta. Acabei chegando lá, mas foi complicado. 

Ontem eu tirei várias fotos na Travessa e pretendo repetir a dose amanhã. Quero fazer uma espécie de ensaio daquela área onde eu passo meus sábados, as pessoas que vejo toda semana, os vendedores, as garçonetes, a livraria em si. Acho que vai ficar legal. Quando estiver pronto, eu boto no ar. E amanhã tem mais, ainda bem.

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