quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Eterna repetição

Ontem comecei a sentir que estava naquele filme, Groundhog Day, em que o mesmo dia se repete de novo e de novo até que o personagem principal consegue acertar as coisas e conquistar sua amada. Todo o dia é a mesma coisa, o mesmo cinema, até a mesma sala. A luz apaga e eu fico apertando um botãozinho. De novo e de novo e de novo. E como saio do cinema toda noite por volta da meia-noite, não posso ir nos restaurantes que gostaria de ir. Claro, tudo fecha à meia-noite. Os lugares a que quero ir estão fechados. Sobram os barzinhos lotados de garotada na Augusta, mas sinceramente não estou a fim de ficar em pé na calçada, tomando uma cerveja. Ao contrário do Bill Murray, não há nada que eu possa fazer para dar fim a essas eternas repetições, só posso aguentar firme até a sexta de manhã, quando pegarei um avião muito grata por estar voltando para casa. Tudo o que quero agora é abraçar meus cães, tentar achar um lugar na minha estante abarrotada para mais alguns livros, passar meu fim de semana na Travessa para poder me convencer que afinal estou de volta ao meu lar. Apesar da correria, tenho conseguido, especialmente na hora das refeições, escrever um pouco, em geral trechos do quarto romance, aquele que batizei de Tudo que acontece vai acontecer hoje. Não dava para revisar o romance em progresso 1 ou começar a segunda versão do romance em progresso 2, mas eu vim para a cidade com a história do quarto romance na cabeça e foi essa história que começou a surgir quando tinha um tempo para ler e escrever. Deu para traçar umas linhas gerais que vou seguir mais tarde. Por hoje, vou me concentrar em fazer um pequeno tour de livrarias. Amanhã, vamos para a Liberdade para ver umas coisas nas lojas de lá. E vou continuar fotografando a cidade. Reta final. Vamos resistir até o final.

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