domingo, 9 de janeiro de 2011

Passando a limpo

Há um prazer em repassar o romance a limpo na digitação. Você passa a enxergar os movimentos do texto mais claramente, é mais fácil tomar decisões sobre a estrutura. Nesse processo, eu já transformei o que seria um monólogo em uma série de cartas e passei a enxergar de forma mais clara como posso desorganizar as cenas da terceira parte do romance. E ainda tem todos o pedacinhos soltos de texto que escrevi que precisam ser digitados também e encaixados em algum lugar. Também tenho os dois textos finais que precisam ser revistos e que ainda não sei direito onde encaixar na estrutura. Escrever um romance sempre suscita muitas dúvidas. A principal, que tento evitar de pensar, é "será que alguma coisa nesta massaroca presta?" Essa meio que é a pergunta inevitável toda vez que você começa um texto novo. Eu já engavetei um romance por causa dessa pergunta. É possível que eu o desengavete mais para a frente. Há coisas interessantes nele, mas não consegui resolver o problema das duas narrativas paralelas. Uma era muito mais interessante que a outra, o que desequilibrava a coisa toda. E enquanto eu não souber como resolver isso, não vale a pena ressuscitar a história. Nesse meio tempo, vou continuar trabalhando. Já tenho 41 mil palavras digitadas e desconfio que vou chegar às 70 mil. Nada mau.

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