Minha FLIP começou oficialmente com um susto. Descobri na terça antes da viagem que a empresa de venda de ingressos ainda estava tentando entregar meus ingressos e entrei em pânico. Eles diziam que faziam duas tentativas de entrega e depois os ingressos iam automaticamente para a bilheteria. Às vésperas do evento, mesmo já tendo feito duas tentativas de entrega, lá estavam eles tentando entregar os ingressos de novo. Eu queria meus ingressos na bilheteria, não circulando pelo Rio. Liguei para a Tickets for Fun (que na verdade deveria se chamar de Tickets for Stress) e disse para eles mandarem meus ingressos para a bilheteria e pronto. Bom, acordei cedinho na quinta, fui correndo para a bilheteria da FLIP e o que descubro? Meus ingressos não estavam lá. Eu tive um minuto de pânico absoluto. Mas como acontece frequentemente comigo, que vivi a maior parte da vida em uma era analógica, esqueci que agora vivo em uma era digital. A supervisora da bilheteria me disse calmamente que eles iriam reimprimir os ingressos. E eu que tinha visto minha FLIP ir pelos ares, respirei aliviada.
E minha primeira mesa, a que eu fui imediatamente após pegar meus ingressos, terminou com um tombo. Ao sair da Tenda dos Autores, tropecei em alguma irregularidade no chão e lá fui eu de cara no chão. Pior ainda, uma senhora tentou me ajudar e derrubei ela também. Normalmente, quando levo esses tombos, me recupero do susto no chão e só então levanto. Nada disso. Me vi cercada por vários homens que rapidamente me ergueram e me botaram de pé, me ajudaram a pegar minhas coisas que caíram no chão. Mais tarde, eu conferi que eu tinha ralado o joelho direito naquelas pedrinhas de estacionamento que cobrem o chão em torno da tenda. Ficou uma ferida de mais ou menos um centímetro. Os joelhos só começaram a doer mesmo de noite e hoje de manhã ainda estão doloridos, mas de resto estou inteira. O resto do meu dia prosseguiu de maneira tranquila.
Na noite anterior, eu descobri que foi uma boa ideia comprar os sapatos da Timberland. Cinco minutos depois de chegar na pousada às 23h da quarta, eu larguei as malas e fui correndo para o Thai Brasil para conferir a nova localização. E assim que cheguei no Centro Histórico e pisei naquelas malditas pedras, eu senti a diferença. Aquela sola dura não deixa você sentir a pedra. Ainda é um saco andar nas pedras irregulares, mas não dói como antes. Então lembrem-se, se vierem a Paraty, usem sapatos da Timberland. Tênis não está com nada. (Pena que não estou ganhando nada pelo marketing.)
Mas voltando ao Thai Brasil. Após amargar um exílio involuntário em áreas remotas de Paraty e até ter sua morte anunciada na edição do Globo que circula em Paraty, o Thai Brasil e sua dona, Marina, estão de volta ao Centro Histórico, e bem na Rua do Comércio, quase na esquina da Rua da Lapa, pertinho do Café Paraty. O grande barato do Thai Brasil não é só a comida maravilhosa, mas o carinho com que Marina recebe todos os clientes. Sentada no restaurante, eu vi as pessoas entrarem e cumprimentarem a Marina. Quase todos os clientes a conhecem pelo nome. Onde no Rio de Janeiro você vê isso? Ontem de noite, no jantar, eu fui embora justo quando a casa estava lotando, um grupo de pessoas entrando depois do outro. Foi muito bom ver isso. Hoje, na hora do almoço, pretendo fotografar a nova casa, vai ficar legal.
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