sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Minha vida de peão

Acabei de encerrar duas semanas de trabalho como intérprete em uma fábrica. E tive uma amostra do que é o trabalho de um operário. Almocei em um refeitório com centenas de outras pessoas, comendo algo que eu não comia há muito tempo: feijão com arroz, bife com batata frita, farofa e ovo frito. Claro que havia outras opções, todas mais ou menos no mesmo esquema, mas eu meio que entendi porque servem esse tipo de comida para gente que faz um trabalho mais físico. Esse negócio entope de verdade e você não sente vontade de comer mais nada pelo resto do dia. Houve alguns dias em que eu capotei cedo e não jantei, nem senti necessidade de jantar. As pessoas na fábrica eram uns amores, especialmente os peões, com quem eu tive a chance de conversar durante o almoço, mas sinceramente não é um trabalho que eu gostaria de fazer. Não há criatividade suficiente. E é a mesma coisa todo santo dia. Inclusive o maldito engarrafamento no caminho até em casa, cujo trajeto leva uma hora e meia. Esse trajeto só é interessante quando você quer dormir no caminho, mas fora isso, haja saco. Desconfio que terei de voltar na fábrica várias vezes nessa minha nova vida de funcionária de empresa. Mas por ora, vou voltar ao escritório nas próximas semanas.

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