quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Interminável

Tentando fechar as correções do romance, mas elas não terminam nunca. Com sorte, amanhã poderei fazer cópias fresquinhas. Vamos torcer.

domingo, 27 de novembro de 2011

Turkey day

Esta foi uma semana longa, mas teve umas coisas legais. Como o jantar de Thanksgiving na quinta-feira no Gringo Café, um pequeno café em Ipanema que serve comidas tipicamente americanas. Tenho aproveitado minhas idas ao Gringo para tirar a saudade de coisas que eu comia quando era criança em Nova York. Como a maravilhosa panqueca de buttermilk com maple syrup. Vale a pena sair de casa num domingo para comer essa panqueca. E estou passando as correções do romance em progresso para o arquivo no computador. É chatinho e demora, mas afinal terei um novo manuscrito para mostrar para alguns leitores amigos. Não acho que tenha resolvido todos os problemas, mas eu simplesmente não tenho mais distância ou objetividade para ler o texto. Hoje, na livraria, eu me dediquei à segunda versão do romance em progresso 2, mas amanhã vou voltar às correções e terminá-las de um jeito ou de outro. Na segunda vou ao centro e vou aproveitar para encadernar as cópias do romance em progresso 1. E já vou me encontrar com um amigo nesse mesmo dia para lhe entregar uma cópia. Agora é voltar o dial para o romance em progresso 2.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Menos uma etapa

Terminei a revisão do romance em progresso. Ainda tenho umas coisinhas a resolver, algumas decisões a tomar e, claro, tenho de digitar todas as alterações no arquivo. O que é sempre chatinho, mas fazer o quê? Não consigo escrever ficção direto no computador. Não conseguia escrever ficção direto numa máquina de escrever. Meu processo sempre exigiu caderno e caneta. Agora o negócio é fazer cópias e distribuir para meus vários leitores. E esperar.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Insegurança

Estou quase no fim da revisão do romance em progresso. E é a hora preferida para as dúvidas e a insegurança se instalarem. O que estou escrevendo é uma droga, não vale nada. A estrutura é maluca, ninguém vai entender. É o que me passa pela cabeça? Essa é a parte que não gosto. Mas escrever nunca te dá garantias. Aquilo que você considera seu melhor trabalho não significa nada para outra pessoa. Intelectualmente, você entende isso. Inclusive porque durante os festivais eu vejo filmes que odeio mas outros amam. Naturalmente, com o romance sendo avaliado em algumas editoras, meu desejo mais ardente é que alguém acabe gostando dele. Por enquanto, o romance em progresso só vai ser submetido a olhares amigos. Veremos o que eles têm a dizer.

sábado, 12 de novembro de 2011

De corpo presente

Eu tinha ido na livraria semana passada, mas acho que só hoje eu estava efetivamente presente. No sábado passado, recém chegada de São Paulo, eu tinha uma sensação constante de irrealidade. Olhava o texto e não conseguia acreditar que estava ali de fato. Na manhã anterior eu estava sentada na Livraria Cultura e no dia seguinte na Livraria da Travessa. Sem falar que eu estava com um sono terrível apesar de ter dormido muito cedo na noite de sexta. E eu segui com muito sono nos dias que se seguiram. Fiquei apagando em horas aleatórias do dia. Um minuto estava sentada traduzindo, no minuto seguinte estava dormindo sentada. Hoje eu consegui render bem. Talvez não tanto quanto eu queria porque ainda estou meio sonolenta, mas como vou amanhã de novo, tudo bem. E quem sabe se não consigo chegar bem perto do final.

Tenho alguns leitores em vista para o romance e estou ansiosa para entregar uma cópia do romance fechado (pelo menos provisoriamente) para eles. E aí estou ansiosa para voltar para o romance em progresso 2. Em São Paulo eu escrevi pedaços do romance em progresso 3. Não sei direito por quê, mas era o texto que começou a vir quando parava para jantar ao final de um longo dia dentro do cinema. De repente tinha a ver com o que eu estava vendo nos filmes ou o que estava lendo. Meu hábito não é questionar o que surge na hora de escrever. Não sei se vou usar tudo o que escrevi, mas pelo menos é um material que me dá uma direção. Por hora vou dormir porque vou comer brunch com uma amiga no domingo. Achamos um lugar que serve autênticas panquecas americanas com maple syrup. Uma delícia.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Saiu na TV

O programa Metrópolis fez uma reportagem sobre a legendagem eletrônica na Mostra de São Paulo. É bem curtinha, mas é melhor do que nada. O link para a reportagem é este aqui. Fica bem no início do vídeo.

Distante

Uma coisa da qual eu não senti falta nas minhas duas semanas (que pareceram ser muito mais longas) em São Paulo foi o pessoal fazendo barulho aqui no clube ao lado. Ontem eu acordei sem saber direito onde eu estava. Hoje eu sabia que estava na minha cama, no meu quarto. Eu descubro que São Paulo não é só um lugar, também é um estado de espírito e ele meio que começa a evaporar quando eu boto os pés no Galeão. Eu vou no táxi para casa vendo as montanhas distantes, a ponte Rio-Niterói e sei que voltei a um universo que eu conheço, no qual me sinto mais confortável. E a Avenida Paulista começa a parecer uma memória cada vez mais distante. Eu a atravessei naquela mesma manhã, mas poucas horas depois essa travessia já me parecia incrivelmente longínqua. A Pauliceia agora só no ano que vem.

sábado, 5 de novembro de 2011

Home again


Em casa. Muito estranho. Parece que minha ausência foi muito mais longa. Sinto como se tivesse passado dois meses fora. Talvez esse seja o tamanho do meu cansaço. No táxi para Guarulhos, eu ficava cabeceando e finalmente desisti de tentar me manter acordada e dormi até chegar no terminal. E no avião dormi praticamente o tempo todo entre a decolagem e o pouso. Isso foi culpa do chope na noite anterior. Acabou minha última sessão e fui tentar descobrir onde estava o povo. Fomos parar todos num bar na Augusta. Por um acaso, os monitores (aquele pessoal de camiseta verde da Mostra que dá atendimento aos espectadores) também foram para o mesmo bar e acabamos formando uma longa, longa mesa juntando lançadores e monitores. Deu até para fazer uma ola descendo a mesa. Eu não sei a que horas terminou a balada porque eu pifei antes. Fui para o hotel, comecei a fazer a mala e apaguei com ela feita pela metade. Acordei cedo na sexta, terminei a mala e parti rumo ao meu último compromisso em São Paulo. Comer uma torta de mousse de chocolate no café da Livraria Cultura. É a primeira coisa que faço quando chego e a última que faço antes de ir embora. É minha forma de me despedir de São Paulo, sabendo que só voltarei dentro de um ano. O banner e os stands da Mostra já não estão mais lá. Foi-se a foto do Leon Cakoff da bilheteria dos cinemas. E eu não preciso consultar meu caderninho de sessões. No último mês eu não dei um passo sem olhar aquele caderninho. Parecia que eu estava casada com ele. Agora ele vai esperar na minha estante até o ano que vem. Sempre sinto uma certa tristeza de ir embora de São Paulo, mas este ano o que foi mais forte foi o meu desejo de voltar para casa. Estou extremamente exausta e só quero descansar, dormir tudo o que não dormir no mês passado. Eu preciso.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Quase

Quase, quase. Falta pouco. Só mais um dia para eu voltar para casa. Estou super, hiper esgotada. Um mês direto dessa vida é muito, muito desgastante. O início do Festival do Rio me parece um evento acontecido há séculos. A sensação que tenho é que estou nessa correria há meses sem descanso. Não há adrenalina que te segure por um mês inteiro de festival. Este fim de semana será de descanso, eu garanto. E muito sono.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Eterna repetição

Ontem comecei a sentir que estava naquele filme, Groundhog Day, em que o mesmo dia se repete de novo e de novo até que o personagem principal consegue acertar as coisas e conquistar sua amada. Todo o dia é a mesma coisa, o mesmo cinema, até a mesma sala. A luz apaga e eu fico apertando um botãozinho. De novo e de novo e de novo. E como saio do cinema toda noite por volta da meia-noite, não posso ir nos restaurantes que gostaria de ir. Claro, tudo fecha à meia-noite. Os lugares a que quero ir estão fechados. Sobram os barzinhos lotados de garotada na Augusta, mas sinceramente não estou a fim de ficar em pé na calçada, tomando uma cerveja. Ao contrário do Bill Murray, não há nada que eu possa fazer para dar fim a essas eternas repetições, só posso aguentar firme até a sexta de manhã, quando pegarei um avião muito grata por estar voltando para casa. Tudo o que quero agora é abraçar meus cães, tentar achar um lugar na minha estante abarrotada para mais alguns livros, passar meu fim de semana na Travessa para poder me convencer que afinal estou de volta ao meu lar. Apesar da correria, tenho conseguido, especialmente na hora das refeições, escrever um pouco, em geral trechos do quarto romance, aquele que batizei de Tudo que acontece vai acontecer hoje. Não dava para revisar o romance em progresso 1 ou começar a segunda versão do romance em progresso 2, mas eu vim para a cidade com a história do quarto romance na cabeça e foi essa história que começou a surgir quando tinha um tempo para ler e escrever. Deu para traçar umas linhas gerais que vou seguir mais tarde. Por hoje, vou me concentrar em fazer um pequeno tour de livrarias. Amanhã, vamos para a Liberdade para ver umas coisas nas lojas de lá. E vou continuar fotografando a cidade. Reta final. Vamos resistir até o final.