sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Preenchendo os vazios

Eu confesso minha fascinação pelo dia 11 de setembro. Eu passei todo aquele dia e os dias subsequentes grudada na TV, vendo o que acontecia, não acreditando direito no que estava vendo. Foi um dia super confuso, de informações desencontradas. E com um acontecimento dessa magnitude, é fácil entender por que as pessoas criam teorias de conspiração, tentando dar conta de algo que é enorme e terrível e incompreensível. Em menos de duas horas quatro aviões bateram, deixando brancos, vazios sem respostas. Tem um documentário, The Falling Man, que trata disso de uma forma indireta. Ele trata da tentativa de um jornalista de identificar quem era o homem fotografado caindo de uma das torres e, ao mesmo tempo, trata das pessoas que se sabe que pularam dos prédios. Em todas as histórias das pessoas que pularam, há um vazio. Ninguém sabe exatamente o que as levou a pular, o que foram aqueles últimos momentos de vida. É esse vazio que ficou que as pessoas tentam preencher com algum tipo de narrativa. Que narrativa será essa depende de cada um. Mas o que me interessa é que de um jeito ou de outro, as pessoas odeiam que a história não seja contada até o fim. Tudo precisa ter um The End.

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