quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tempo, tempo, tempo

O tempo é uma dimensão um tanto elástica durante um festival. No terceiro dia eu já tinha a sensação de que estava enfiada num cinema há semanas. E as duas horas do filme podem ser rápidas ou incrivelmente torturantes e lentas. Especialmente se o filme é um daqueles que entra na categoria que os lançadores gostam de chamar de '"desperdício de celulóide". E tem outra categoria, a do "abacaxi de ouro". Essa é reservada para aqueles filmes em que você quer cortar os pulsos cinco minutos depois do filme começado. Você vê o público indo embora e te dá uma vontade danada de gritar "me leva com você", porque naturalmente você está pregada naquela cadeira até o final da sessão. E aí você começa a torcer que falte luz, que o projetor exploda, que um meteoro atinja a terra. Qualquer coisa para que você não precise continuar lançando aquele filme. E você olha para seu relógio de cinco em cinco minutos. Nem o Deus Branco consegue explicar certas coisas.

Nenhum comentário: