Eu não sou uma pessoa que algum dia teve muito a ver com a cultura popular do Brasil. Tendo passado toda a infância e parte da adolescência não só fora do Brasil quanto estudando em colégios americanos pelo mundo afora, conheço muito mais o universo americano. Nunca fui muito de festa junina ou pagode. Nos meus primeiros anos no país, eu achava estranho essa história de todo mundo dar dois beijinhos. E minha mãe nunca foi de frequentar feira de rua. O lance dela sempre foi supermercado. E eu junto, empurrando o carrinho, tentando descolar um sorvete. Acho que a primeira vez em que eu realmente fui a uma feira foi no final do ano passado com minha companheira de aventuras culinárias Claudia, procurando ingredientes para uma ceia asiática de Ano Novo. A segunda vez foi ontem, domingo, quando fui buscar o Junior no estaleiro. Do lado da casa do meu santo técnico (que eu recomendo pra todo mundo), tinha uma feira rolando e já que eu precisava de pimenta dedo de moça para o prato que estou fazendo para meu jantar hoje, decidi que era hora de explorar a feira sozinha. Achei legal apesar do calor esturricante porque dessa vez eu pude ver a feira com um olhar de quem já faz comida sozinha há praticamente um ano. Eu via ingredientes, possibilidades de pratos quando antes só me preocupava o aspecto insalubre dos peixes naqueles caminhões enormes. Os peixes ainda me parecem insalubres, mas gostei muito de todas as verduras e legumes, de ver tudo ali tão fresco. Até comi um pastel com Coca antes de partir. Não sei se vou passar a frequentar feiras. Tem uma aqui perto de casa aos sábados. Mas eu tenho uma certa preguiça de andar na rua nesse calor infernal que anda fazendo. Mas foi com certeza outra visão. Enquanto isso, eu me alegro com a volta para casa do Junior. Não sei mais viver sem meu laptop.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
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