Esta foi a semana do furacão. Foi um pouco estranho ver um lugar onde eu morei, Manhattan, com carros boiando em garagens como acontece tanto aqui. A impressão que tive, nas primeiras horas, vendo as imagens na CNN, era que a cidade tinha sido vítima de uma daquelas chuvas torrenciais de verão de que ocasionalmente o Rio é vítima. Mas depois vieram as clássicas imagens dos pobres repórteres no meio da ventania, tentando não ser levados embora. Não sei porque não amarram os coitados a algo firme. Sinceramente me parece sacanagem fazer isso com os caras. Devem tirar no palitinho quem vai. O pessoal de meteorologia, então, já deve saber que quando vem um furacão, eles terão que ficar na chuva por horas e horas. Já devem preparar uma roupa especial e tudo. Devem até trocar dicas, como o pessoal da legendagem faz quando chega a época dos festivais de cinema. E tenho uma noção do que dever ser porque eu passei por um furacão há mais de 30 anos quando estava num summer camp em Massachusetts. Minha mãe me despachou para lá por um mês e enquanto eu estava lá veio um furação na direção de Nova York e de Massachusetts. Meus pais e meus irmãos ficaram no nosso prédio e eu, no summer camp, fui evacuada para uma escola próxima para passar a noite em um ginásio. Para uma pessoa cuja imaginação (alimentada por muitos anos de TV e filmes de desastre) prontamente cria os piores desastres, não foi bem uma noite relaxante. Mas no dia seguinte o furacão tinha passado e nada aconteceu. Não foi um furacão muito forte. Mas me deu uma ideia do que é passar por algo assim. Vai por mim, é algo que você prefere dispensar.
sábado, 3 de novembro de 2012
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