domingo, 20 de março de 2011

Obama, canos, releituras

Comecei o meu dia hoje com Obama e o encanador. Obama chegava aqui na terrinha e, ao mesmo tempo, eu recebia meu encanador para medirmos as distâncias do apartamento para comprar a quantidade correta de canos para uma obra que vai acontecer no domingo. E aí lá fui eu com o homem para a loja de ferragens, tendo que correr para acompanhá-lo porque ele andava muito rápido. E na volta foi pior porque ele praticamente disparou na minha frente carregando metros e metros de canos e eu na retaguarda, carregando o resto do material, botando os bofes pela boca, tradutora sedentária que sou.
Por conta disso acabei chegando mais tarde do que queria na livraria, onde já me esperava minha amiga. Quis bater com a cabeça contra a parede porque nisso o nosso tempo juntas ficou muito curto. Mas pelo menos deu para tirar um pouco da saudade. Eu queria ter jantado com ela, mas isso terá de ficar para um encontro futuro.
Depois que ela partiu, eu me dediquei à segunda leitura do romance. Eu apliquei todas as correções e imprimi um novo manuscrito esta manhã. E com todos os textos adicionais queacrescentei, o manuscrito espichou para 200 páginas. E ainda deve crescer mais. Hoje mesmo eu estava escrevendo duas cenas novas para um dos personagens. Mas é da natureza da estrutura que eu montei que cada personagem precisa ter a mesma quantidade de cenas para quando eu for intercalar as cenas de cada personagem. Daí tenho de pensar no que vou acrescentar à história dos outros personagens. Essa é uma chance para aprofundar algumas questões. E ainda tenho de adaptar as cenas da segunda personagem para que elas se transformem em cartas. Depois que terminar a segunda leitura, o romance vai para a gaveta por um tempo para eu ganhar distância dele e poder vê-lo de uma forma mais objetiva. Nessas horas eu me sinto um pouco impaciente porque esse é um trabalho bem lento e eu queria terminar tudo logo para passar ao próximo projeto. Quem me dera poder viver de escrever.

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