Durante o Festival, o mundo exterior meio que deixa de existir e é um pouco surpreendente dar de cara com ele. Indo para minhas sessões no Odeon, descubro que há uma greve dos bancos acontecendo, as fachadas dos bancos empapeladas de cartazes anunciando a greve. No Gávea ontem, de repente, um barulho ensurdecedor. Virei para uma moça me atendendo no balcão do café e perguntei o que era aquilo. Ela me disse que era chuva. Sempre acho estranho dar de cara com o que acontece enquanto estou enfiada dentro do cinema. Uma hora chove, de repente fica quente e é sempre uma surpresa porque você não viu a transição. Você entrou no cinema de dia e saiu de noite, às vezes de madrugada. E acaba sendo pior quando após duas semanas você não precisa mais ir ao cinema e voltar a viver de fato no mundo real. É meio desorientador. Você sente falta daquela existência homogeneizada e artificial do cinema. E quando volto a me acostumar, lá vou eu para São Paulo repetir tudo de novo.
sábado, 2 de outubro de 2010
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