Liberdade. Esse lugar já me pareceu mais com um país estrangeiro. No meu primeiro ano de Monstra, passei uns dois dias maravilhada com o que vi aqui. Aquelas lojas cheias de artigos que não sabia o que eram, escritas em japonês ou chinês ou tailandês. Você anda por uma loja e uma das vendedoras está atracada com um celular, falando em chinês, e é uma maravilha você não conseguir entender uma só palavra. Nada te dá mais a sensação de estar longe daquilo que se conhece do que se ver cercado por uma língua estrangeira. Mas agora que estou tendo aulas de culinária asiática e fazendo compras pelo menos uma vez por mês em mercados de produtos orientais, parte do mistério sumiu. Eu sei o que são aqueles produtos, reconheço o maço de bok choi, admiro os lindos maços de cebolinha nas mercearias. Almocei no mesmo restaurante tradicional onde fui há dois anos. Desta vez a clientela estava mais ocidental (na época eu era a única mulher caucasiana, fora as duas garçonetes, em um mar de executivos de descendência japonesa), mas a comida continua farta e gostosa. Ainda quero voltar um dia para comprar um novo wok para mim, um com tampa. Não consegui me decidir, mas achei alguns ingredientes que não consigo achar no Rio e comprei uma certa quantidade para levar de volta comigo. Desconfio que terei de comprar uma caixa e despachar algumas coisas como bagagem em vez de tentar atochar tudo na mala como fiz ano passado. Quase arrebentei o fecho. Não vou repetir o feito. Finalmente comecei a tirar fotos da cidade e pretendo continuar nesta última semana da Monstra. Meu olho fotográfico está começando a encaixar. Estou fazendo umas experiências interessantes que pretendo continuar amanhã, sábado. Quero andar um pouco pela Paulista. Fico sempre para fazer isso, mas nunca consigo, e sempre que quero, está um calor absurdo. Mas como estão prevendo um fim de semana de chuva, lá vou eu.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
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2 comentários:
ana, fazer compras na liberdade é uma coisa que sinto falta depois de ter voltado a morar no rio. sou completamente amadora em comida asiática, mas adorava ficar horas naquelas mercearias de lá "descobrindo" ingredientes, e adorava comprar cogumelos de todo tipo bem baratinhos... no rio cogumelo é artigo de luxo, difícil de achar qualquer coisa que não seja vidrinho de champignon e quando vc acha é tudo carésimo!
(ah, tou adorando as impressões sobre a cidade, muita coisa bate com o que eu senti morando por estas bandas)
Se você comprar os cogumelos desidratados que tem no Zona Sul, não é tão caro e eles duram séculos. Pode ser uma boa. E se tiver saudades dos mercados da Liberdade, conheço alguns mercados asiáticos no Rio. Posso te indicar.
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