No ônibus, voltando para casa, reparei mais um vez que de uns tempos para cá, o álcool para carros não é mais álcool, é etanol. Há alguns anos, trocaram os nomes do sistema de ensino de primeiro e segundo graus para ensino fundamental e ensino médio. Nunca entendi que diferença essa mudança de nome fez porque, pelo que pude ver, nada efetivamente mudou no sistema. O ensino público continua uma droga. E em Brasília querem rebatizar o estádio que está reforma para a Copa. Não vai mudar nada, mas eles querem trocar o nome. Até tivemos a Nova República, que de nova mesmo só teve o fato de que a gente quase teve o presidente que queríamos. É engraçado como volta e meia no Brasil alguém resolve que é melhor mudar o nome das coisas e essa mudança é sempre tratada como se a coisa que o novo nome batiza também fosse renovada. Novos nomes, coisas velhas. Querem que o novo nome seja simbólico de uma transformação. Na prática é só como uma nova camada de tinta numa parede velha. Isso é tão típico da gente. Não somos mais um país em desenvolvimento. De repente, sem que a gente percebesse, viramos um país emergente. Nem tanto porque estamos andando para a frente, mas porque todo mundo está andando para trás nesses últimos tempos. Mas se você arranhar um pouco a superfície, você vê o mesmo país de sempre por baixo.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
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