A maratona do Festival do Rio está prestes a começar. Essa é uma coisa pela qual espero o ano todo desde que comecei a trabalhar em festivais em 1998. Você trabalha feito uma louca, vira noites, corre de um lado para o outro e quando termina fica meio desamparada, torcendo que não demore muito para o ano virar e chegar agosto para começar tudo de novo. E ano passado, quando pude ir a São Paulo trabalhar na Mostra e estender a maratona por mais um mês, foi estranho estar em casa e não precisar consultar meu caderninho com as sessões anotadas e não ter para onde correr dentro de meia hora e tomar banho correndo e me vestir numa velocidade que só tenho nessa época do ano. Passo o resto do ano chegando atrasada nos lugares, mas na época do Festival, chego adiantada nos cinemas e aí fico quicando até a hora de começar a sessão. É uma adrenalina que não acho em qualquer outro lugar. Muito porque é a época em que mais passo tempo fora de casa, mas também por causa da energia do encontro com meus colegas legendistas. São Paulo foi maravilhoso por causa disso. Toda noite tinha uma esticada num bar, num restaurante, e depois ter de deixar de lado essa boemia fica complicado. Isso de alguém de nunca foi muito de ir a bares na adolescência e durante boa parte da minha vida adulta até agora.
Que o Deus branco nos ilumine no escurinho do cinema.
Que o Deus branco nos ilumine no escurinho do cinema.
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