Achei uma entrevista com Manoela Sawitzki que recentemente lançou seu romance Suíte Dama da Noite pela Record. Recentemente dividi uma mesa de bar com ela e apesar de não ter tido a chance de conversar com ela (eu estava sentada longe dela) tudo o que eu tinha lido a respeito do romance dela me interessava. E agora, olhando por alto a entrevista (no meio do festival não tenho tempo para ler nada), dei de cara com este trecho que reflete exatamente como eu penso sobre o ato de escrever.MANOELA: Sou intuitiva no processo de criação, na concepção dos personagens, na forma como elaboro o enredo, mas bastante cerebral durante a fase da reescrita. Acredito demais na reescrita e acho que o tempo é um excelente editor – porque o tempo também nos edita. Agora, a intuição também está carregada de referências, é resultado da busca, do acúmulo e do processamento de muitas fontes distintas. De alguma forma, tudo o que li, assisti, ouvi, toquei, enfim, tudo o que vivi e senti até o instante em que escrevo um texto acaba imprimido, está ali. A teoria literária faz parte do pacote e certamente me guia, só que de uma forma quase invisível – em hipótese alguma se coloca entre mim e o que estou escrevendo. Nunca elaborei escaletas, nem para os romances, nem para as peças, pelo simples fato de que muito do meu prazer está nos sustos e nas descobertas que faço à medida que a história avança.
A única diferença é que eu nunca estudei Letras. Não entendo rigorosamente nada de teoria literária. E sempre desconfiei que conhecê-la me atrapalharia. Aprendi a escrever de forma instintiva, escrevendo simplesmente, e continua sendo assim. A entrevista pode ser encontrada aqui.
A única diferença é que eu nunca estudei Letras. Não entendo rigorosamente nada de teoria literária. E sempre desconfiei que conhecê-la me atrapalharia. Aprendi a escrever de forma instintiva, escrevendo simplesmente, e continua sendo assim. A entrevista pode ser encontrada aqui.
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