
Primeiro dia de festival, passo o dia no Odeon. Muita gente, muitas filas. Há coisas que nunca mudam no Festival do Rio. Uma delas é o ritual das apresentações antes dos filmes. Os diretores do curta e do longa são chamados ao palco, cada um de sua vez. Cada um de sua vez chama toda a equipe para o palco, agradece a Deus e todo mundo que já conheceram, os patrocinadores, mãe, periquito, papagaio. O curioso de ver toda aquela gente ali no palco é constatar que, ano após anos, as mulheres estão sempre produzidas e os homens não. No máximo, estão com um blazer sobre a camisa social, jeans e tênis. Tem gente que faz uns discursos longuíssimos, outros pagam mico. E você fica ali sentada, torcendo que terminem logo de falar para o filme começar e você poder sair do cinema num horário minimamente decente, voltar para casa e desmontar na cama. É hora de dormir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário