segunda-feira, 31 de maio de 2010

O homem caçado

Saiu a programação da FLIP e começo a ver que mesas eu quero assistir, quais eu vou deixar passar (inclusive porque praticamente dobraram o preço da mesa na Tenda dos Autores). Tem duas que não vou deixar passar de jeito nenhum. A do Salman Rushdie e a da Lionel Shriver. Salman Rushdie eu vi pela primeira vez em 2005, na minha primeira FLIP, e o homem foi mais caçado pelas ruas de Paraty do que foi pelos seguidores do Aiatolá. Ele não podia andar cinco metros sem que aparecesse alguém querendo falar com ele. Mas pelo visto ele gostou da experiência porque resolveu voltar. A mesa dele foi maravilhosa. Tomara que a mesa deste ano seja melhor ainda.
E há alguns anos, eu descobri um livro que me deixou de queixo caído que foi o We Need to Talk About Kevin, da Lionel Shriver. Pode parecer meio maluco, mas eu gosto de filmes e livros que me dão uma cacetada na cabeça. Quero ser surpreendida, ficar zonza. Não é só uma questão de linguagem bonita, elaborada e história interessante. Quero que o livro mexa comigo de uma maneira que vá além do intelectual. Escrever para mim sempre foi uma coisa muito mais emocional, instintiva do que racional. Nos últimos anos, só dois livros fizeram isso: o Kevin e Nada a Dizer, da Elvira Vigna. Quero falar mais sobre a Lionel Shriver e esse livro, mas isso vai ficar para outro dia.

domingo, 30 de maio de 2010

A letra de "Home"

Há alguns posts eu falei da música Home e de como ela me fez lembrar da sensação de exílio que eu tinha antigamente. Consegui achar a letra na Internet e aqui está:


When I think of home I think of a place

Where there's love overflowing

I wish I was home I wish I was back there

With the things I've been knowin'

Wind that makes the tall grass bend into leaning

Suddenly the raindrops that fall they have a meaning

Sprinkling the scene

Makes it all clean


Maybe there's a chance for me to go back

Now that I have some direction

It would sure be nice to back home

Where there's love and affection

And just maybe I can convince time to slow up

Giving me enough time in my life to grow up

Time be my friend

Let me start again


Suddenly my world's gone and changed its face

But I still know where I'm going

I have had my mind spun around in space

And yet I've watched it growing

If you're listening God please don't make it hard to go

To know if we should believe the things that we see

Tell us should we try and stay or should we run away?

Or would it be better just to let things be?


Living here in this brand new world might be a fantasy

But it's taught me to love so it's real to me

And I've learned that we must look inside our hearts to find

A world full of love like yours and mine

Like home

A mil por hora

Conforme previsto, levei uma vida inteira para dormir. Passar o dia todo escrevendo me dá uma energia que é difícil de botar de lado e relaxar. Desde que levantei da mesa do café, passando pelo supermercado até chegar em casa, as rodinhas continuavam girando, as ideias surgindo para o que vem por aí na segunda metade do romance. Quando você começa a pensar em diálogo enquanto escova os dentes ou lava a louça é porque a coisa está indo a mil por hora. Eu passo a semana toda envolvida com trabalho e no instante em que relaxo, o texto volta para a superfície, um pouco como uma boia que foi mantida debaixo d'água tempo demais. É assim que funciona comigo. Esta tarde terei mais uma sessão na livraria. Me aguardem.

Mahna-mahna



Eu adoro isto desde criança e não podia deixar de incluir.

Palavras correndo pela cabeça

Chegando perto de fechar a primeira metade do romance. Talvez eu consiga amanhã. Na pior das hipóteses, não passa do próximo fim de semana. E nessas horas acontece uma coisa estranha que é: você meio que perde o personagem de vista quando o olha tão de perto, como o que acontece quando tem vista cansada. Numa hora dessas, só a distância acaba restaurando uma visão clara. O grande problema é que depois de uma dia como hoje, você volta para casa com as palavras correndo pela cabeça. Vai ser fogo dormir hoje. O bom é que amanhã tem mais.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

terça-feira, 25 de maio de 2010

O chef sueco



Eu sempre adorei o chef sueco dos Muppets desde que era criança. Eu chegava no colégio no dia seguinte do Muppet Show ter passado na TV e contava os esquetes para meus amigos, feliz da vida. E eles me olhavam com aquela cara de "coitada, essa pirou de vez". Mas, cara, sinceramente, os Muppets são irresistíveis.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O supermercado enquanto aventura

Quando comecei a morar sozinha, ir ao supermercado era meio que uma aventura. Eu me toquei que eu estava desprovida de todo aquele conhecimento alimentício que as mulheres deveriam ter. Ainda assim, eu tinha de comprar comida para mim mesma ou ia passar fome. Eu não fazia ideia de como ver se algo estava maduro ou não, como avaliar se um peixe estava fresco, como se chamavam aquelas tantas folhas verdes que havia naquela gôndola. Claro que eu conseguia identificar batatas e tomates e quiabo e berinjela. Mas a ideia de comprar esses ingredientes e fazer algo disso era um pouco assustadora. Minha mãe, nunca uma boa cozinheira (sorry, Mom), não se deu ao trabalho de me ensinar a cozinhar. Eu sabia fritar bifes, ovos e quando morava com minha mãe, pegava coisas que tinha sobrado na geladeira do jantar, jogava numa frigideira, fritava e depois jogava um ovo frito por cima. Sempre gostei de bife acebolado e de costeletas de porco, mas eu realmente não sabia como temperar a carne e comprava tempero pronto e isso nunca dava muito certo, mas fazer o quê? Eu precisava comer. Com certeza, comprar comida pronta era muito mais fácil. Era só enfiar no forno e deixar por 40 minutos. Timer ligado e ping! Estava pronto. Depois, eu só precisava lavar os talheres e passar uma água no prato já que eu comia direto da embalagem. Na prática, eu continuo fazendo o meu grande mexidão, mas agora eu sei o que estou fazendo (well, sort of) e junto ingredientes com um pouco mais de noção de qual será o resultado. Tenho uma pilha de livros de cozinha de comida asiática que ainda não tive tempo para explorar completamente. E, o que me bate como mais engraçado toda vez que vou ao mercado, é que eu geralmente vou direto para a gôndola das verduras e identifico sem qualquer problema o que é coentro e o que é cebolinha e o que é manjericão quando antes eu tinha de ler a identificação no pacote. Não me peça para distinguir os vários tipos de limão ou os vários tipos de banana. E também tenho uma tendência a confundir melão e mamão. Mas como não costumo comer nenhum dos dois, não faz muita diferença. Uma amiga minha me convidou para um café da manhã na sua casa e ficou chocada ao descobrir que eu nunca tinha comido um mamão na vida. É só que meu lance não é fruta. Quando se trata de coisas doces, eu prefiro recorrer ao básico: chocolate, sorvete, doce de leite, Nescau. Talvez só falte isso para que minha alimentação seja realmente saudável. E claro que eu sei que deveria fazer exercícios, mas eu odeio tanto isso (desde criança, by the way, quando podia fazer polichinelos sem botar os bofes pela boca) que vai custar um pouco mais de força de vontade.

domingo, 23 de maio de 2010

Na fila do caixa 2

Estou na fila do supermercado hoje e na fila do caixa ao lado, um homem espera junto com o filho, um menino de uns 8 anos. Eles estão com dois carrinhos. Enquanto o pai vai botando as compras na esteira do caixa, o menino fica brincando com o segundo carrinho, manobrando-o para lá e para cá, completamente absorto na sua brincadeira solitária. Eu achei interessante porque eu fazia a mesma coisa quando era criança e, até hoje, quando vou ao mercado com outra pessoa, eu geralmente empurro o carrinho e quase que inevitavelmente começo a manobrá-lo como se ele fosse um carro de verdade. Eu disse a uma amiga outro dia que não passo de uma criança crescida. Eu não estava mentindo.

sábado, 22 de maio de 2010

A fotógrafa invisível


Quando tiro fotos, na prática, eu gostaria de ser invisível. Queria poder andar no meio das pessoas e fotografá-las sem que elas percebam. Porque o que eu gosto de captar é aquele momento em que elas não percebem que estão sendo observadas. Um pouco por isso tenho toda uma série de fotos de pessoas pelas costas. Ou então sento em algum lugar e finjo estar mexendo na câmera para disfarçar que na prática estou tentando fotografar a pessoa na minha mira. E às vezes dá certo, às vezes não dá.
Passei a vida toda exposta a todo tipo de arte, pintura, gravura, escultura, mas a minha preferida é, sem dúvida nenhuma, a fotografia. Tenho pilhas e pilhas de revistas de fotografia. Mas não revistas que falem de câmeras e essas coisas, mas revistas que são como portfólios para os fotógrafos como a Black & White ou a Life. Eu compraria mais livros de fotografia, mas eles são muito caros. E eu sempre uso fotos quando crio capas para meus manuscritos pois uma simples folha branca com o título para mim é muito sem graça. Inventar essa capa é uma forma de pensar sobre o que quero escrever, achar uma imagem que traduza o que eu quero é um exercício que eu gosto muito. Pretendo carregar minha câmera para Paraty e colocar as melhores fotos no blog para ilustrar o diário da FLIP que pretendo escrever, do mesmo jeito que fiz um diário do festival.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Festival


Saudade do Festival do Rio, da adrenalina. Mas estou chegando perto. Logo, a correria vai começar.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Paulicéia


Saudade de São Paulo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Amigos e santos

Meus amigos têm de ser criaturas extremamente pacientes, dotadas de poderes de compreensão sobrenaturais. Não abro mão dos meus sábados, desapareço durante séculos porque preciso vencer uma montanha de trabalho, esqueço que existe uma coisa chamada aniversário e, mais ainda, uma invenção chamada telefone. Mas quando estou com eles, eu estou com eles. Ano passado, quando passei duas semanas saindo com o pessoal da legendagem depois das sessões de cinema em São Paulo, eu adorei. Na verdade, queria ter uma noite toda semana para estar com os amigos como faço com os meus sábados. Não se trata de me embebedar de Coca-Cola ou de saber das últimas fofocas. Eu realmente não tenho tanto assunto assim. Só faço duas coisas na minha vida, trabalhar e escrever. Mas eu tinha vontade de poder ter uma sexta por semana para ver as pessoas, conversar com elas, dizer besteira. Talvez se eu consiga me organizar um pouco melhor, talvez seja possível criar uma sexta sagrada do chope. Veremos.

domingo, 16 de maio de 2010

Home

Há poucas semanas, um episódio da série de TV Glee fechou com uma linda interpretação da música Home, que era do musical da Broadway, The Wiz, que eu assisti quando morava em Nova York em meados dos anos 70. E, claro, em se tratando de uma versão atualizada do Mágico de Oz, a música fala da saudade de casa e do que Dorothy aprendeu durante sua viagem pela terra de Oz. Em Nova York, nós tínhamos o disco do musical e eu o ouvia continuamente, especialmente a música Home, que mexia comigo naquela época porque eu sentia que não tinha um lar. Eu tinha uma família, um apartamento, mas me faltava a sensação de pertencer a um lugar. Eu não tinha raízes, como pode acontecer com filhos de diplomatas. Você muda de país, de cidade a cada dois, três anos, estuda numa escola americana ou internacional e só fala sua língua natal com os pais. O resto do tempo você fala a língua do país onde mora ou inglês (na escola). Aos vinte anos, voltei para Viena, Áustria, onde nasci, e meu pai me apontou o hospital onde foi feito o parto, o prédio onde morávamos. Eu não senti nada. Não tenho qualquer ligação real com Viena fora o fato de achar a cidade interessante, gostar da salada de batata alemã e ficar apaixonada pelos quadros do Gustav Klimt. Não sei mais falar alemão e o pouco que entendo hoje vem dessa viagem que fiz nos anos 80 e do que pesquei lançando filmes alemães no Festival do Rio. Eu nasci em Viena, mas podia ter nascido a bordo de um avião. Teria dado no mesmo.
Na prática, eu sempre vivi nessa espécie de exílio permanente. Por causa de minha educação, tenho um pé firmemente fincado nos EUA e outro aqui no Brasil. Ser brasileira é apenas um fato burocrático, uma necessidade. Preciso ter uma carteira de identidade, CPF, preencher formulários. Faz mais de 30 anos que eu voltei de vez para o Brasil. Aos poucos, eu fui me acostumando a morar aqui, a entender a cultura, e eu meio que criei um lugar para mim aqui. Mas não é uma questão de nacionalidade. Meu lugar no mundo tem a ver com os amigos, os lugares de conforto que descobri aqui, meus rituais semanais. Minhas raízes continuam soltas no ar. Gosto que seja assim.
E na outra semana eu dei de cara com essa música, que eu tinha esquecido porque o disco (de vinil, claro) sumiu há muito tempo. E lembrei dessa época em que me sentia exilada e sozinha. Ainda bem que ela passou.

Bom sinal

Chega um momento em que eu me apaixono pelos personagens. Eles já ganharam corpo, já começaram a respirar e estão andando por aí sozinhos. E quando repasso as páginas de caderno que escrevi há meses, eu me deparo com essas pessoas que eu criei e percebo que eles começaram a se descolar de mim. Eles são contraditórios e talvez não tão maduros quanto pensam que são e eu adoro isso. E, o melhor de tudo, escrevi uma cena completamente nova para a personagem da vez que surgiu apenas do ato de olhar para uma foto na minha estante antes de sair de casa. O surgimento de um texto completamente novo é sempre um bom sinal. Sinto-me cada vez mais animada para o sábado que vem.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Zonza

Nas manias arroladas pelo Michel Laub em seu blog, a Ana Paula Maia diz, "O mais difícil é sair da realidade do mundo ficcional e encarar a fila no supermercado". Adoro esse comentário dela. Toda semana eu saio da livraria e vou ao mercado para fazer compras e acho que finalmente entendi porque me sinto um pouco zonza navegando os corredores do mercado, cercada por comidas tentadoras. É o choque de passar do universo ficcional para o real.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Inverno

Saí com Wilson para passear uma noite desta semana e fiquei surpreendida ao constatar que estava frio. Sentada em casa, trabalhando, eu não tinha reparado. Esta é a época do ano que eu gosto, quando fica frio e, ao sair da livraria de noite, dou de cara com aquela deliciosa sensação de inverno. É como gosto de encerrar minha noite antes de caminhar para o supermercado. Logo, vamos sair de novo, o Wilson e eu, para passear e curtir o friozinho da noite.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

As manias voltaram

Para minha felicidade e deleite, o Michel Laub voltou a postar as manias dos escritores brasileiros. Ainda não tive tempo de ler tudo, mas depois eu falo dos depoimentos que gostei mais. Você pode achar os depoimentos aqui.

domingo, 9 de maio de 2010

Na fila do caixa

No mercado, na fila do caixa, fiquei olhando as compras da moça à minha frente e foi um pouco estranho constatar que o que ela estava levando para casa lembrava muito o que eu costumava levar para casa há alguns meses. Comida congelada, muitos salgadinhos, nada de legumes ou verduras. Eu tinha no meu carrinho frango, quiabo, coentro, cebolinha, milho, ervilhas, batatas. Só não levei mais coisas para casa porque eu não sabia direito o que queria preparar durante a semana e, se necessário, sempre posso pedir algo para o mercadinho aqui da esquina. E minha geladeira está meio abarrotada. Tenho de abrir espaço nela antes de poder comprar mais legumes e outras coisas.
Outro rapaz na minha frente tinha uma cesta cheia de latas de cerveja e uma garrafa de vodca. Creio que as prioridades dele estavam bem claras. Observar as compras das outras pessoas no mercado é sempre um exercício interessante. Você vê direitinho quem está comprando comida para um batalhão e quem tem cães ou gatos, quem está de dieta, quem não está dando a mínima para o peso. Já escrevi um conto sobre um casal com base nos objetos que eles tinham em casa. Talvez um dia eu escreva algo com base nas compras de supermercado. Os gestos que as pessoas fazem me interessam e daí me interessam também os atores que se transformam para incorporar outras pessoas. Os gestos, as inflexões, as coisas com que nos cercamos, o que comemos. Gosto de tudo isso como uma série de pistas para desvendar quem é a pessoa na minha frente. Essas são as coisas que interessam ao escritor.

Caligrafia

Uma senhora chegou para mim esta tarde na livraria, colocou sua mão sobre meu caderno e elogiou minha letra. E olhei para minha letra, que vem se deteriorando ao ponto de eu precisar usar canetas de ponta finíssima ou não vou conseguir entender o que escrevi (o que ocasionalmente acontece e eu tenho de deduzir o que escrevi), e tentei compreender o que ela estava vendo ali que eu não via. Tentei lhe dizer que minha letra era um caos, mas ela não quis acreditar.
E eu lembrei dos livros de exercícios de caligrafia que eu tinha no colégio americano. Eu fazia aqueles exercícios de novo e de novo e havia letras que eu nunca conseguia escrever direito. E claro que são elas que eu mais tarde substituí por letras de forma maiúsculas. Então minha letra é uma degringolação maluca da caligrafia em estilo americano que eu aprendi, que era elegante e inclinada para a direita. No fim dessa história toda, a ideia era que eu (e todos os alunos da escola americana) tivesse uma letra elegante e adulta. Imagino que se fazia a mesma coisa na escola brasileira porque minha mãe sempre teve uma letra linda (meu pai também). Eu até copiei minha letra de forma da dela porque não gostava da letra de forma americana que me parecia muito infantil. Tudo porque eu queria uma letra bonita. E hoje em dia, quando dizem que minha letra é bonita, eu não acredito. Os esforços de uma vida inteira nem sempre têm o resultado que esperamos.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Cachorra ninja

Eu sempre falo do Wilson, mas também tenho a Zequinha, vulgo Zequetete. Ela é mais low-key. Prefere passar o dia instalada na minha cama, imitando La Maja Desnuda. Mas quando chego em casa, eu preciso me preparar porque lá vem ela, pulando em cima de mim, garras em riste, suspensa no ar ao estilo Matrix. Claro que ela não imagina que vira uma arma mortal nessa hora. Ela só está feliz por me ver chegar. Aos poucos estou desenvolvendo minha técnica para evitar suas unhas quando chego em casa. Minhas pernas arranhadas agradecem. Mas ela é tão pequenininha comparada com o Wilson e tão carente que não dá para ficar muito zangada com ela. A felicidade que ela demonstra quando chamo ela para deitar do meu lado é comovente. Só Deus sabe o que ela passou quando era uma cachorra abandonada na rua. Aquele comercial do Pedigree tem toda razão. Adotar é tudo de bom.

domingo, 2 de maio de 2010

Domingo e o cobertor

Domingo. Acordo no fim da manhã depois de uma noite de sono profundo debaixo do meu cobertor. Não há nada como dormir envolvida em um casulo de calor. Minha casa pode ser bem fria à noite nesta época do ano. Eu durmo bem melhor no inverno do que no verão só por conta disso. Vou cuidar de umas coisas aqui em casa, depois voltar para a Travessa. Ontem tive um dia excelente e espero que hoje seja um dia igualmente bom. Você muitas vezes chega a um ponto naquilo que está escrevendo que qualquer pequena coisa te provoca novas ideias, novos rumos. Espero que continue assim.

sábado, 1 de maio de 2010

No sábado, recomeçamos

A véspera do sábado é sempre cheia de expectativas. Tenho metas, pontos na história que quero alcançar. E tem uma certa ansiedade que só vai sumir quando eu botar o pé na Travessa. Está chegando a hora de mexer de novo na seleção do meu Walkman, criar uma nova trilha sonora para meu romance. Tive uma semana cheia de trabalho. No sábado, descanso. No sábado, eu me liberto. No sábado, recomeçamos.