Saiu a programação da FLIP e começo a ver que mesas eu quero assistir, quais eu vou deixar passar (inclusive porque praticamente dobraram o preço da mesa na Tenda dos Autores). Tem duas que não vou deixar passar de jeito nenhum. A do Salman Rushdie e a da Lionel Shriver. Salman Rushdie eu vi pela primeira vez em 2005, na minha primeira FLIP, e o homem foi mais caçado pelas ruas de Paraty do que foi pelos seguidores do Aiatolá. Ele não podia andar cinco metros sem que aparecesse alguém querendo falar com ele. Mas pelo visto ele gostou da experiência porque resolveu voltar. A mesa dele foi maravilhosa. Tomara que a mesa deste ano seja melhor ainda. E há alguns anos, eu descobri um livro que me deixou de queixo caído que foi o We Need to Talk About Kevin, da Lionel Shriver. Pode parecer meio maluco, mas eu gosto de filmes e livros que me dão uma cacetada na cabeça. Quero ser surpreendida, ficar zonza. Não é só uma questão de linguagem bonita, elaborada e história interessante. Quero que o livro mexa comigo de uma maneira que vá além do intelectual. Escrever para mim sempre foi uma coisa muito mais emocional, instintiva do que racional. Nos últimos anos, só dois livros fizeram isso: o Kevin e Nada a Dizer, da Elvira Vigna. Quero falar mais sobre a Lionel Shriver e esse livro, mas isso vai ficar para outro dia.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
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