Curiosidade não é uma qualidade que as pessoas costumam atribuir a tradutores. Talvez não seja para tradutores técnicos ou juramentados, mas para quem faz tradução para cinema ou TV acho que é tão necessário para a função quanto um bom comando de outros idiomas. Minha curiosidade de criança que ficava vendo e revendo aqueles livros da Time-Life sobre Grécia e Egito e Roma nunca foi embora e a coisa que eu mais gosto da Internet é poder pesquisar qualquer assunto em cinco segundos. Não vejo muita utilidade no Facebook ou Twitter, mas a Wikipedia é o máximo. E outra das grandes utilidades da Internet é poder achar documentários da BBC para baixar. Este mês que passou assisti um documentário sobre as origens literárias do Rei Artur, uma série sobre os normandos e como eles afetaram a história e a cultura da Inglaterra, sul da Itália e as Cruzadas, outra série falando de caminhadas a locais normandos na Inglaterra, uma série maravilhosa sobre a ocupação romana da Inglaterra e agora vou embarcar numa série sobre o mundo antigo e outro sobre a mentalidade medieval. Também descobri uma série semanal sobre escavações arqueológicas acontecendo agora na Inglaterra. Eu sempre fui fanzoca de arqueologia, de como se cria toda uma narrativa a partir dos cacos de uma vida anterior. Minha amiga Claudia diz que é isso o que faço quando escrevo, a arqueologia das pessoas e sua bagagem. Eu sempre acho impressionante que, em lugares que tiveram uma ocupação contínua por milênios, quando você cava, encontra camadas e mais camadas de restos de coisas que as pessoas foram deixando, desde a pré-história até agora. Quanta coisa já foi feita, quanta coisa ainda está por ser feita. Mal posso esperar para ver.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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