Aconteceu de novo. No meio do meu filme hoje, a imagem sumiu. Tiveram que interromper a projeção, chamar um técnico para resolver a parada, foi meio confuso. Problema resolvido, voltamos à sessão. Eu realmente preciso me benzer. O filme, aliás, era super interessante. Chama-se Regeneration e tem a ver com a maneira como nossa cultura de massa está alterando nossa sociedade, comportamento, aspirações de vida. Eu sempre acho os documentários mais interessantes do que os filmes de ficção. Outro filme muito interessante foi o Diário de uma Busca, filme brasileiro, de uma mulher que tenta entender a forma como o pai morreu. O pai era militante de esquerda, foi exilado, voltou, e morreu num aparente assalto à casa de uns alemães. O caso ficou super mal explicado e até há sugestões de que quem matou o pai e o cumplice do "assalto" foram os policiais. O documentário conta a história dessa família, mas o mais interessante é que toda vez que se tenta achar respostas para a morte do pai, eles dão contra uma parede. No final, as dúvidas continuam sem resposta, provavelmente nunca terão. E, para mim, o que é mais interessante é justamente esse buraco que fica. Eu vi muitas afinidades entre esse filme e meu primeiro romance, que tem uma busca semelhante. Literariamente, o vazio é mais interessante do que as respostas. Queria saber usar isso melhor, mas fazer o quê. Um escritora que sabe usar bem esses vazios é a Adriana Lisboa. O novo romance dela, Azul Corvo, acaba de sair. Eu consegui dar um pulo no lançamento do livro mesmo no meio dessa loucura toda. Li um trechinho do início e já fiquei impressionada. Sempre acho o texto dela fantástico, admiro muito o lirismo de tudo que ela escreve. Vou ler assim que tiver mais de dois segundos.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
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