Mais um lote de filmes para o Festival. Tudo documentário. Talvez alguns filmes de ficção mais para a frente. A coisa começa a esquentar. É uma chuva de filmes. A overdose de cinema começa agora. Devo ter uns cento e poucos filmes pela frente nos próximos dois meses. E depois as pessoas me perguntam se quero ir ao cinema ver tal ou tal filme. Não. Mas fez sucesso, ganhou milhões. Não. É com aquele ator que você adora. Não. Levou zilhões de Oscars. Não. Eu nem lembro qual foi a última vez que paguei ingresso para ir ao cinema. Nem sei quanto está custando um ingresso de cinema. São poucas as pessoas que entendem. Cinema virou trabalho. Não dá mais para relaxar. Alguém fala "festival de cinema" e eu automaticamente penso em quantos filmes vou traduzir, quantos vou lançar. O escurinho do cinema é um lugar para ficar apertando um botão para fazer aparecer a próxima legenda. Gee, do you want some popcorn with that? Acho que não. Vez por outra dou de cara com pessoas que acham que traduzir para cinema e TV é glamuroso. Talvez elas achem que eu conheça atores, diretores, roteiristas. Longe disso. Fico sentadinha no meu escritório o dia todo, ralando, minha bunda ficando mais quadrada a cada ano que passa. A compensação está não no trabalho em si, mas nas pessoas que conheci através do Festival, os outros tradutores, essa tribo meio doida com que me encontro nesta época do ano. A troca de e-mails malucos já começou. E só vai esquentar nas próximas semanas. É isso que eu curto, é por isso que espero o ano todo.
sábado, 4 de setembro de 2010
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