Eu costumo escrever sobre coisas difíceis, dolorosas. Solidão, perda, morte. É mais fácil lidar com essas coisas quando elas ficam no reino da ficção. Eu invento histórias tristes, sempre protegida por esse filtro que coloco entre mim mesma e o texto. É como sangue em seriado de hospital. Você sabe que é de mentira. Quando a coisa acontece de verdade, fica mais complicado. A morte da minha avó há alguns anos foi um grande baque e em nada se comparava ao que eu estava escrevendo na época. É nessas horas que a gente aprende que escrever é fácil. O mais complicado é quando você dá de cara com essas coisas na vida real. Aí nada é simples ou óbvio e o caminho a seguir não é nada claro.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
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