domingo, 10 de abril de 2011

Cara na janela

A caminho de casa esta noite, abaixei a janela do táxi e recebi o vento frio no rosto, uma delícia. Não é algo que eu costume fazer muito já que meu cabelo fica arrepiado ao menor pretexto, mas como já era o fim do meu dia, por que não? Eu entendi mais uma vez por que os cachorros adoram botar a cara na janela. Para mim só faltou botar a língua para fora. Afinal, tenho motivos para comemorar. Fechei a segunda leitura do romance e escrevi mais uma cena. Mais uma etapa terminada. Falta escrever as cinco novas cenas necessárias para igualar o número de cenas entre os personagens. Imagino que isso vá levar mais um mês. E depois tudo vai para a gaveta para me dar alguma distância do que eu escrevi. É o debruçar-se sobre as filigranas que me interessa. O mais difícil é tentar manter a paciência. Estou doida para botar um ponto final no texto e despachá-lo para quem vai lê-lo e me dar uma opinião. E estou ansiosa para meter a mão no próximo romance e começar a botá-lo de pé enquanto o outro descansa na gaveta. Eu não posso parar. Nunca devo parar.

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