O tempo todo fico pensando o quanto é difícil transmitir o que escrever significa para mim, o prazer que isso me dá. Não é à toa que as pessoas contam histórias em que tudo dá errado. A tristeza é muito mais fácil de descrever do que a felicidade. Há algo de inefável na felicidade que é muito difícil de captar e transmitir. Tem a energia, o êxtase, o caráter rarefeito desse estado privilegiado, uma quase falta de ar. E por isso fico voltando a uma frase que ouvi pela primeira vez em uma série de ficção científica. Se você não tem fé, não há como explicar. E se você tem, nenhuma explicação é necessária. Sou a pessoa mais racional que você poderia conhecer. Nada de espiritualidade, nenhuma superstição de qualquer tipo. Escrever é o mais perto que chego de ter uma fé. Meus sábados não são sagrados à toa. Esse é meu sacerdócio.
domingo, 3 de junho de 2012
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