Tem uma coisa que eu adoraria fazer em Paraty mas nunca consegui porque eu sempre vou sozinha: sentar num bar na Baixa Paraty para tomar umas e outras e conversar sobre as mesas do dia. Ano passado tive um gostinho disso pois várias pessoas que eu conhecia estavam lá, mas eu só tive um dia na FLIP para ver a Anne Enright e este ano meus amigos vão ficar no Rio. Por um lado, eu sempre gostei de ficar livre para ir aonde eu queria quando eu queria. Em 2005, por várias circunstâncias, fiquei atrelada aos amigos de uma amiga e tinha horas em que isso não era uma coisa boa quando havia sete pessoas tentando decidir aonde jantar e tudo estava lotado. Chegando a noite de sexta, a cidade enche e não dá para ficar indeciso sobre onde jantar, onde ir, as esperas vão ser longas e não tem remédio. Paciência é necessária. Sozinha, eu decido aonde quero ir e pronto. Com alguma sorte, talvez eu consiga me encontrar com pessoas que eu conheço lá como os funcionários da Travessa que estão lá todo ano. Um amigo meu estará lá trabalhando e torço que ele tenha cinco minutos para tomar um chopinho comigo. Ficar sozinha não é um problema para mim. Estou acostumada a ir aos lugares sozinha, tenho sempre comigo meu MP3 player e livros para me fazer companhia. Estar sozinha é sempre uma oportunidade para observar as pessoas em volta. Em 2007, eu escrevi um diário de Paraty para uma amiga minha que mora fora do Brasil para ela ter um gostinho do que era a FLIP e, quem sabe, tentá-la o suficiente para vir aqui e passar uma semana em Paraty comigo. Nesse diário, eu disse a ela que se people watching fosse um esporte olímpico, eu levaria todas as medalhas. E é verdade. Volta e meia me pegam fazendo isso na Travessa. Eu esqueço que não sou invisível. Mas num lugar lotado como a Tenda dos Autores em Paraty, não tem problema. E pretendo exercitar minhas habilidades até não mais poder.
domingo, 1 de agosto de 2010
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