O que me pegou nas mesas deste ano é que quase todas tocavam em alguma coisa que me interessava literariamente. A mesa com William Boyd e Pauline Melville me interessou por juntar literatura e a condição de ser estrangeiro em sua própria terra, uma sensação que conheço bem. E acho que dava para ver nos dois escritores que eles não são pessoas que estão completamente à vontade no mundo. E isso é algo que me interessa. Gosto de personagens que estão deslocados, que não estão à vontade na situação em que se encontram, seja um casamento, um país, um emprego. Tem algo incomodando e é esse incômodo que vai mover a história. A leitura do trecho do romance da Pauline Melville descrevendo a queda de um avião foi impressionante, mas ainda mais impressionante foi a descrição que ela fez de um ataque que ela sofreu em seu apartamento há alguns anos, especialmente porque ela se manteve calma e racional e até conversou com o seu agressor. Muito louco. Eu já tinha ouvido falar do William Boyd há alguns anos, o romance dele Any Human Heart está na listagem do The Guardian de 100 livros que você precisa ler. E a cereja do bolo foi a pequena aula que ele deu da classificação dos diferentes tipos de contos. Essa parte foi bem iluminadora.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
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