quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Velhinha fez mal a lançador

Sim, consegui sobreviver à primeira etapa da Monstratona, mas por pouco tempo. E por sorte, não dei de cara com as velhinhas xiitas. Explico. Desde que me entendo por gente, o Festival vive cheio de senhoras aposentadas e prósperas que adoram um filme. E quando algo dá errado, elas são as primeiras a armar um barraco. Em geral é porque as pessoas não sabem como as coisas funcionam. Claro que todo mundo gostaria que tudo desse certo e não houvesse erros. Só que nem sempre isso é possível. Por exemplo, lançando um filme no Ipanema, de repente houve um problema no som e foi preciso parar a sessão, chamar um técnico para acertar o problema. Uma senhora na plateia ficou indignadíssima com o problema técnico. Que era um absurdo, que os filmes tinham de ser testados antes de passar e por aí vai. Não adiantou nada dizer que o teste tinha sido feito, que eu mesma havia visto o teste. E essa é a praxe. Antes de toda sessão com filme em mídia digital, há um teste. A mulher não quis saber. Ficou reclamando direto. Eu perdi a paciência. Falei para ela que era ridículo imaginar que em um festival com mais de 400 filmes não acontecessem alguns imprevistos. Em geral, meus festivais correm dentro da mais absoluta normalidade. A senhora sentou, mas continuou resmungando. Mas eu dei sorte. Outros colegas tiveram uns encontros mais complicados com outras senhoras, alguns há poucos dias quando ocorreu da cópia do filme não bater com a cópia em DVD que nos foi fornecida. Resultado: a tradução não batia, claro, e um par de senhoras quase promoveu o linchamento da pobre tacadora que estava na sala como se a culpa do problema fosse dela e não dos produtores do filme que não se tocaram que não se deve mandar um DVD diferente da versão do longa que vai passar no festival. Felizmente, a tacadora conseguiu escapar ilesa à sanha assassina das velhinhas na Gávea e está pronta para outra.

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