quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Who wants to be a legendista?

Segue a Mostra. Alguns filmes melhores, outros não. Seguem-se os pequenos dramas e fortes emoções de organizar um festival como este. E olha que eu só vejo a parte que está ligada à legendagem. Deu para sentir isso um pouco ontem ao passar umas horas no QG para fechar um filme que passaria naquele mesmo dia. As velhas correrias de última hora. Mas foi interessante. E renova para mim a certeza que não fui feita para esse tipo de trabalho. Meu negócio é apertar botões e traduzir filmes. Mas segue minha convicção que a organização de um festival daria um belo documentário. Ou reality show, um desses dois. Acontece de tudo um muito. Especialmente em termos de relações entre as pessoas. Você pensa que é mole, mas é muito fácil gerar problemas quando duas pessoas encaram o mesmo acontecimento de duas maneiras completamente diferentes. Quem tem razão? Só Deus sabe. Legendador, legendista, operador de legenda, tanto faz. Tem muita gente nova entrando nesse ramo. Carne fresca, como eu gosto de chamá-los. Eu dou uma risada sinistra, mas é só da boca pra fora. Outro dia eu me vi no cinema orientando duas novatas na melhor maneira de proceder dentro do cinema. O que deviam lembrar, ter a mão, anotar. É engraçado pensar que simplesmente apertar um botão não é tão simples assim. Você precisa guardar muita coisa na cabeça, estar pronto para os imprevistos e saber ter jogo de cintura para lidar com eles. Você vai ver muita coisa nessas duas semanas de Monstra. Talvez na hora fique irritado, mas com o tempo tudo vira material para contar nas rodas de bar sobre suas aventuras como legendista em São Paulo. E no final das duas semanas, você terá mais um crachá para pendurar na estante e juntar à sua coleção de crachás.

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