Nunca tive muita afinidade com crianças. Nunca soube o que fazer com elas. Não sei falar com elas, não sei como lidar com elas. E, para espanto de muita gente, sou absolutamente imune ao encanto dos bebês. Na época em que eu trabalhava na Intercorp, quando uma mulher atrás da outra resolveu ter filho, todas vieram ao escritório apresentar os pimpolhos após o parto. O mulherio corria todo para ver. Eu continuava sentada na minha baia, trabalhando. Pensei que isso melhoraria quando minha irmã teve seu primeiro filho, mas como ela logo em seguida se mudou para Londres, meus sobrinhos são meio que virtuais e continuo não entendo nada de crianças. Por isso desconfio que as crianças agora estão se vingando de mim. Ano passado, em São Paulo, numa loja na 25 de Março, fiquei sendo atropelada por uma criança num andador que insistia em passar por cima do meu pé. Hoje, num shopping, umas crianças de uns cinco, seis anos ficaram se jogando na minha frente, impedindo minha passagem e quase me fazendo tropeçar. Ontem, na livraria, uma menininha de vestido rosa ficava parada do lado da minha mesa, me encarando como que para dizer, "Estamos de olho em você". Não foi a primeira vez. Volta e meia pego uma criancinha me encarando. É tudo uma conspiração. Elas estão me observando. Elas estão vindo me pegar.
domingo, 29 de novembro de 2009
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2 comentários:
Vc tem uma aliada nessa conspiração. Minha filha Angela, que nasceu com 28 anos, é uma companheirona de nossos jantares desde a mais tenra idade, e olha que ela só tem 12 anos. Sempre gostou de comidas exóticas, é doida por um tailandês e conversa sobre filmes da década de 40 como se os tivesse visto na estréia.
Vc tem uma aliada nessa conspiração. Minha filha Angela, que nasceu com 28 anos, é uma companheirona de nossos jantares desde a mais tenra idade, e olha que ela só tem 12 anos. Sempre gostou de comidas exóticas, é doida por um tailandês e conversa sobre filmes da década de 40 como se os tivesse visto na estréia.
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