terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Escrever

Li uma matéria publicada no site da CNN em que o escritor Junot Diaz falou da batalha que foi escrever seu primeiro romance, que mais tarde recebeu o Prêmio Pulitzer. Ele descreveu um período de cinco anos durante o qual escreveu e escreveu e escreveu todo santo dia, mas nada do que escrevia prestava. Teve uma hora em que ele decidiu engavetar tudo e tentar um outro caminho, uma outra profissão qualquer porque estava claro que ele não era um escritor. Só que aí , um dia, às vesperas de embarcar nesse novo caminho, ele sentou e olhou de novo o que tinha escrito e começou a escrever de novo. Levou mais alguns anos até que ele terminasse o romance, mas ao final do artigo ele diz que ele se tornou escritor não apenas por escrever mas por insistir quando não havia esperança de que aquele texto resultasse em um romance, que aquilo de fato fosse levá-lo a algum lugar. Ser escritor não tem a ver com publicar, com encher cadernos de textos, mas com aquela necessidade que não vai embora, as rodinhas que não param de girar na sua cabeça embora você esteja ocupado no seu trabalho ou numa festa ou no bar com os amigos. Ser escritor é perseverar.

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