Eu não tenho férias oficiais. Como freelancer, eu resolvo a época para me dar férias, ou seja, eu tenho de decidir bancar um período sem fazer nada, quer seja duas semanas ou um mês, como já fiz uma vez quando resolvi investir na revisão final do meu romance. Este ano aproveitei o recesso de fim de ano quando não entra nada mesmo para descansar e fazer ponto na livraria. O chato nisso é que tem sempre aquele meu lado workaholic que fica meio perturbado por não ter algo a fazer no computador, nada complicado para destrinchar, uma legendagem, um timing, uma dublagem numa linguagem que não estou acostumada a usar. É aquela vozinha que pergunta se não estou esquecendo alguma coisa. Eu lembro na época da Intercorp que se eu tirasse férias e não viajasse, quando estava chegando na terceira semana, começava a ficar inquieta em casa por não ter o que fazer. Isso de quem adorava ter três meses de férias quando estava no colégio e faculdade. Pelo visto, meu negócio nunca foi estudar, mas sim trabalhar. Apesar de ser boa aluna, nunca fui fã da escola. Realmente não é à toa que não quis seguir uma carreira acadêmica, dar aulas, joguei fora meus livros escolares assim que ficou claro que não precisava mais deles. Posso tranquilamente dar aulas de outras coisas, como já dei aulas no uso de certos softwares, mas aquele papo acadêmico da faculdade no final estava me enchendo o saco. Eu realmente sou uma pessoa bem pão, pão, queijo, queijo. Bom, logo voltarei para a Travessa, tentarei adiantar o novo romance mais um pouco e lembrar que este é, de muitas maneiras, meu escritório também.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
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