Até a morte da Dax e Neguinho, meus cachorros vinham dessa dinastia que começou com Max e Samantha no início dos anos 90. Eu os vi nascer e crescer e, infelizmente, morrer. Dax, minha labrador paraguaia (porque não era uma labrador de puro sangue) foi um presente da Claudia e a exceção na minha matilha. E eu achei que seguiria assim indefinidamente, uma geração substituindo a outra. Adotar cachorros era uma coisa que eu tinha pensado em fazer algumas vezes, mas ao mesmo tempo eu não queria encher a casa de cachorros de novo. Para quem já teve seis, dois estava (e está) de bom tamanho. E tinha a incógnita de não saber a origem do animal, que manias, traumas ele podia ter. E aí chega na minha casa o Wilson, grande, preto, cheio de alegria de viver, que com prazer passaria o dia vendo carros e gente andando na rua. Quando eu pego na coleira dele, ele sai correndo para a porta e é um inferno fazer ele ficar quieto o suficiente para conseguir botar a coleira para então sairmos de fato. Ele adora uma coçada na barriga, pula na minha cama cedo de manhã, doido para o dia começar quando tudo que eu quero é dormir mais um pouco, adora batizar plantas e quando está muito feliz, não consegue se controlar. Faz xixi aonde for. Esse aonde for já foi meu sapato, já foi o corredor daqui de casa, outros lugares inconvenientes. Mas o que eu mais gosto nele é a alegria que vejo nele. Nem todo cachorro tem isso. Ele alegremente se mete onde não deve, como pular dentro da janela aberta do carro da Claudia ou se enfiar em quartos onde não pode. Não custa muito para ele ficar contente e começar a abanar o rabo. Depois da morte súbita da Dax e do Neguinho, o Wilson acabou sendo meu melhor presente de Natal para mim mesma.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
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