Uma constatação curiosa ontem. Circulando pela Travessa, dando um tempo para pensar e também para me esquentar um pouco (a livraria, como sempre, é um gelo), vejo que arrumam um display com livros do Saramago. Claro, o homem morreu na sexta. Mas, frequentadora assídua, eu sei que a Travessa tem o hábito de estar sempre antenada com o que acontece. Livros destacados nos suplementos literários sempre estão naquela primeira mesa de display para quem entra. Tem um livro do Wilson Bueno (lamentavelmente assassinado) bem na entrada. E há as mesas temáticas, que destacam os livros que tem a ver com o tema do momento: Clarice Lispector, vampiros, dia dos Namorados, FLIP, culinária, Natal. É o que observo há anos. Saio para jantar no Leblon, me encaminho para a Argumento para a segunda metade do meu dia. Na verdade, é mais como uma prorrogação já que não passo tanto tempo na Argumento quanto na Travessa. E quando circulo por lá, o único sinal que encontro da morte do Saramago é uma biografia dele na vitrine. A Argumento nunca muda. Você tem uma mesa de lançamentos e olhe lá. Eu realmente prefiro a energia da Travessa, aquela gente toda que passa por lá, os clientes assíduos que já conheço de vista, todas as figuras (e volta e meia aparecem umas figuraças). Mas a Argumento tem aquele café nos fundos e a energia daquela livraria está no café, muitas vezes mais cheio que a livraria. E as garçonetes são todas ótimas, meio maluquetes. São elas que me fazem voltar toda semana.
domingo, 20 de junho de 2010
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