Acordo muito cedo e encontro meu cão Wilson deitado na cama, alegremente mastigando o lençol. O tempo está frio e reluto em sair da cama. Mas a turminha acordou animada hoje e para não morrer pisoteada por cães puladores, eu levanto. Há dias em que a felicidade é ver um focinho de cachorro querendo brincar com você. Hoje não é um desses dias. Quero ir para o centro, andar um pouco, me dar um pouco de liberdade. Tenho prazos a cumprir, trabalhos a entregar, mas volta e meia sinto necessidade de sair no meio do dia, no meio da semana, caminhar pela rua, livre. Há quem pense que ser freelancer é mole, mas a verdade é que você acaba trabalhando muito mais do que se tivesse um emprego fixo. Com o agravante de não ter férias remuneradas. Daí, para compensar, você se dá esses dias para sair, esquecer um pouco da pilha de coisas do lado do seu laptop ou que aquele pagamento que estava esperando ainda não bateu na sua conta. Uma exigência para ser freelancer é que você precisa ser inabalavelmente otimista. Tudo vai dar certo. Vai chegar mais trabalho, o pagamento será feito, vai pintar uma oportunidade genial, os cachorros não vão acabar com toda a sua roupa de cama. Sobrevivo há mais de 15 anos sendo otimista e vai continuar sendo assim. Tudo vai dar certo.
terça-feira, 8 de junho de 2010
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