Há muitos zilhões de anos, fui levada para o Fluminense. Meu avô materno era torcedor, sócio e boa parte da família do lado materno ainda é fiel ao clube. Não sei direito quem me levou agora, acho que foi meu avô ou meu pai. Era época de férias e (quando eu morava em Brasília) vinha ficar na casa dos meus avós maternos, na Soares Cabral, praticamente do lado do Fluminense. Bom, vamos supor que era o meu pai. Ele me levou para o campo, o time estava treinando e, num lado do campo, meu pai me apresentou ao Félix, o goleiro, orgulhoso de poder apresentar a filha a esse ídolo. Só que eu não fazia ideia de que ele tinha sido goleiro da seleção de 1970. Eu nem sabia que o Brasil era tricampeão. Só fui prestar mais atenção nessas coisas depois que voltei de Nova York, em 1977. Poucos anos depois, meu pai me levou para ver um jogo do Cosmos em Nova York para ver o Pelé. Foi a única vez em que fui a um jogo de futebol e dele só guardo a recordação de certa frustração porque o Pelé jogou muito pouco tempo. Comprei umas fotos de souvenir no estádio e guardei essas fotos durante séculos. Talvez ele tenha me levado porque eu era a mais velha e queria que eu visse o Pelé jogar. Talvez ele quisesse que eu gostasse de futebol tanto quanto ele. Ele fez outras tentativas, mas nada vingou muito. Entendo do jogo, entendo as regras, mas nunca fui fanática. Quem acabou ficando doida por futebol na família foi minha irmã. É ela quem deve estar na frente da TV agora, em companhia dos filhos, vendo a Inglaterra jogar.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
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