Já comecei a fazer minha mala para Paraty. Como sempre, gosto de preparar a mala com antecedência suficiente para garantir que não vá esquecer nada. Especialmente carregadores e tal. Vou levar minha câmera e meu laptop comigo. Não sei se vou fazer um diário de Paraty, não sei que fotos vou tirar. Da única vez em que estive em Paraty sem FLIP foi quando trabalhei como intérprete num laboratório de roteiros patrocinado pelo Sundance de Robert Redford. Então era ralação durante o dia e nada de tempo para passeios. Claro que, de noite, depois do jantar, o pessoal gostava de ir a um barzinho da área para tomar uma cachaça. Resultado, eu ia dormir de madrugada e tinha de acordar cedo para trabalhar no dia seguinte. Minha sorte é que eu não bebo, então não tinha de enfrentar uma ressaca braba. Ser boa moça tem suas vantagens volta e meia. Mas nessa história toda, eu realmente não fui muito longe do entorno da Praça da Matriz, onde ficava a pousada que hospedava o pessoal do laboratório. A mesma pousada, aliás, que agora hospeda as estrelas da FLIP. Agora, claro, não terei horários nem obrigações, nem vou precisar correr na hora do almoço com medo de perder a hora da próxima mesa. Tudo que quero fazer é escrever. E essa semana de descanso encaixa bem com uma necessidade de reavaliação que senti hoje durante meu "expediente" na Travessa. Eu escrevi algumas cenas que precisam ser empurradas para o final do texto. E desconfio que minha ideia de alternar cenas de 1989 com 2009 não vai dar certo. Vou ter de imitar um pouco a estrutura de "O tempo e os Conways". Com a diferença que a parte de 1989 vai ser o miolo e 2009 terá de ficar nas extremidades. Inclusive, eu venho resistindo a aceitar a constatação que não tenho tanta história para contar em 1989 quanto em 2009. A primeira versão é sempre cheia dessas mudanças, dessas constatações do que funciona e do que não funciona. A ideia de explorar o passado é boa, mas inevitavelmente na passagem entre 89 e 09, eu revelo o que aconteceu nesse meio tempo e mata a primeira narrativa. Sei lá, vou pensar. É pra isso que existe computador mesmo. Depois de tudo digitado, você pode colocar as coisas na ordem que quiser. O lado bom é que a escrita está correndo muito bem e muito rápida. Gostaria de ter a primeira versão pronta até final de agosto ou setembro. Depois posso voltar para o primeiro romance em progresso com alguma distância. Ontem, conversando com a Elvira Vigna, perguntei como andava o novo texto dela e ela me disse que não tinha pressa. Eu, ao contrário, estou com toda pressa do mundo. Quero produzir e produzir muito. Escrever é preciso.
domingo, 17 de julho de 2011
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