Minha intenção quando eu saí de casa ontem era passar nos correios, comprar minhas passagens para Paraty, tirar dinheiro do banco e ver a palesta do Valter Hugo Mãe na Travessa do Leblon. Os três primeiros itens da minha lista foram fáceis. O quarto nem tanto. Cheguei na Travessa super cedo. Imaginei poder almoçar tarde (ou jantar cedo) e ficar escrevendo e lendo no restaurante até sentir que era hora de tomar meu lugar nas cadeiras já arrumadas para o evento. Mas eu subestimei o quanto o homem tinha virado um pop star em Paraty. Quando eu vi, todas as cadeiras estavam tomadas mais de uma hora antes do evento e as que estavam vagas estavam marcadas com um papel escrito "reservado", o que dava quase metade do total de cadeiras. E com o passar do tempo a livraria ficava cada vez mais cheia. Logo, havia gente suficiente para encher meia Tenda dos Autores. Entreguei pra Deus e resolvi achar um lugar para ficar aonde desse. Acabei ficando num banco logo acima de onde estava a mesa da palestra e vi de camarote quando chegou o Valter ao som de Tempo Perdido, uma música do Legião Urbana que ele falou que adora. Eu não pude ouvir direito por estar atrás dos alto-falantes, mas o que eu ouvi eu gostei. Muito simpático, muito falante, cheio de humor e, a meu ver, autêntico. Teve uma hora em que ele disse estar mais nervoso na Travessa do que em Paraty, porque lá a Tenda fica escura e na Travessa tudo estava iluminado. Mas lá pelas tantas, apesar dos óculos vencidos, reconheci o Ramon Mello do outro lado da livraria e fui lá me encontrar com ele. E o resto da palestra ficou esquecida porque começamos a conversar e aí ele se encontrou com várias pessoas que ele conhece (e ele conhece mil pessoas, o que é sempre motivo de admiração para mim que não conheço quase ninguém) e acabamos tomando uma cerveja no restaurante da Travessa enquanto esperávamos diminuir a fila de autógrafos do Valter. Saímos da livraria por volta das onze da noite depois de uma conversa agradável, algumas cervejas, Cocas, conhecer pessoas novas. Juntando tudo, acabou sendo um bom dia. É sempre um prazer poder me encontrar com o Ramon, ainda mais porque é tão raro. Vivemos os dois atolados de trabalho. Fazer o quê. Quem sabe, a gente possa se encontrar mais esse ano. Quero mostrar meu novo trabalho para ele. E nesta sexta, mais um encontro, agora com Elvira Vigna. Lançamento de livro na Travessa, agora de Ipanema. Minha casa. Vai ser bom também.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
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