Estarei em Paraty dentro de uma semana. Férias. Ou pelo menos uma tentativa de férias. Quatro dias em Paraty sozinha para escrever. Vou dar uma olhada naqueles bares em que não consigo entrar porque durante a FLIP tudo está tão lotado. Quando falei com minha mãe (que por um acaso também está viajando, visitando minha irmã e os netinhos), ela não entendeu muito bem porque eu queria viajar sozinha. A verdade é que não muita gente entende por que me sinto perfeitamente à vontade sozinha. Quando você não tem muitos amigos quando é criança acaba descobrindo como se divertir sozinho. E a vantagem de estar sozinha é que isso permite a você observar as pessoas em volta. É um pouco como se você ficasse meio invisível quando está sozinho. Um fenômeno estranho, mas que já confirmei algumas vezes. As pessoas costumam prestar mais atenção em grupos, a não ser que você seja uma figura muito estranha. Mas para quem escreve, a observação é uma atitude vital. Quantas vezes já tive ideias para cenas a partir da observação das pessoas na livraria. Já vi um pouco de tudo. Casais, famílias, grupos ruidosos e até um barraco histórico que aconteceu no restaurante. Eu fico torcendo que possa usar esse barraco e a linda imagem de pedaços de salada voando no ar que eu testemunhei em algum romance um dia desses. Quatro dias para escrever e ficar observando as pessoas vai ser uma delícia. Ainda mais porque parece que escolhi justo a semana em julho em que não acontece nada em Paraty. Vai ser uma delícia.
terça-feira, 12 de julho de 2011
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