Fui para a Travessa mais por teimosia do que necessariamente vontade e também por que não aguentava mais olhar para essas mesmas paredes aqui de casa. Eu tinha que sair. Cheguei na livraria a meio mastro e fui melhorando com o passar do dia. Antes de começar a escrever, passei na farmácia que tem ali perto e me abasteci de remédios para combater meu resfriado. Xarope, remédio para o nariz e para resfriados, pastilhas para a dor de garganta. Devidamente medicada, eu me voltei para meu labor literário. Decidi continuar os temas da semana passada e escavar o passado dos meus personagens. A função do passado, claro, é iluminar o presente. Há uns dez anos, durante um laboratório de roteiro, um roteirista americano disse que qualquer flashback tinha de ser orgânico. Ou seja, sua colocação tinha de parecer completamente natural. O que nem sempre é fácil. Já sei que me distanciei da minha rota natural para escrever esses flashbacks e quando digitar tudo, vou ter de remanejar as cenas para encontrar sua ordem correta, sua ordem "natural". Não importa, depois eu volto para o curso normal da história. Neste momento, as descobertas desses flashbacks são importantes para iluminar os personagens. E eu gosto desses momentos de iluminação. Amanhã volto ao batente. Pena, queria descansar, mas não vai dar. Talvez no fim de semana que vem.
domingo, 7 de agosto de 2011
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