Quando passei no vestibular, eu fiz questão de jogar fora os livros e cadernos que usei na escola. O segundo grau para mim não foi uma boa experiência. As diferenças entre as escolas americana e brasileira (e suas respectivas culturas) eram muito grandes e me causaram grandes problemas. Eu perdi o prazer de ir para a escola que tinha antes. Na faculdade, recuperei um pouco do meu prazer, ainda mais porque não precisava mais ter de entender fórmulas matemáticas, fazer contas. Inclusive, uma de minhas épocas mais felizes foi quando fiz minha monografia de conclusão de curso e passava horas na biblioteca da PUC (excelente!) buscando fontes para minha pesquisa. Depois das aulas do dia, eu almoçava no bandejão da PUC lendo os textos que xeroquei na biblioteca, depois seguia para meu emprego no Parque Lage. Mas chegando ao final de quatro anos e meio de faculdade, estava meio saturada do processo todo de aula, trabalhos, provas, notas. E, mais uma vez, tendo recebido a confirmação de que me formei, eu joguei fora meu caderno. O que eu tenho percebido nos últimos tempos é que minha vontade de aprender não acabou. Passei o carnaval assistindo a documentários da BBC sobre Constantinopla, a história da Marinha inglesa e da Cristandade, sobre a época vitoriana revelada pelas suas pinturas. Sem falar que estou sempre usando o Google e a Wikipedia não só no meu trabalho de tradutora, mas quando vejo algo na TV que me causa curiosidade. Continuo querendo aprender, só não quero ter de fazer isso numa escola.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
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