Muitas vezes, ao escrever uma determinada cena, sinto que há mais a dizer, outras camadas. Ainda não sei direito quais são. A primeira versão de um texto é um exercício de ir tateando o terreno. Eu curto esse mistério, de não saber completamente a forma do texto que está por vir, de sentir que ainda há coisas por descobrir sobre esses personagens porque, em última análise, tudo o que escrevo tem a ver com os personagens. Se não sinto que eles estão ganhando vida, então o texto não está dando certo. Hoje foi um dia desses, de sentir movimentos subterrâneos, de revelações que ainda estão por vir. Isso me deixa mais animada para a próxima vez.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
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