Assisti a um debate no sábado em que todos os três escritores disseram que a escolha do narrador era essencial e, às vezes, a coisa mais difícil de decidir. E achei isso curioso pois o narrador para mim é sempre muito claro. Acho que essa decisão meio que já vem embutida na história que quero contar. Por que a história que eu conto é sempre a do narrador. E não interessa o que ele faz ou deixa de fazer, mas é sempre ele que conta sua história. Minha maior preocupação é sempre a estrutura, não o narrador. Confesso que sempre uso um narrador em primeira pessoa (com raras exceções) e no tempo presente porque simplifica a minha vida. Não me sinto tão segura com tempos verbais em português quanto me sinto em inglês. Eu dei uma mexidinha nesse esquema no romance em progresso 2, introduzindo um narrador em terceira pessoa, mas não onisciente. Ele fica grudado no personagem principal. É uma estratégia que me ocorreu para distinguir o personagem principal nos dois momentos da história em 1989 e 2009, e também para tornar clara a diferença na maturidade do personagem nessas suas épocas. E me parece que funcionou. Mas eu só devo conseguir voltar a essa história depois dos festivais, em novembro. Melhor assim. É tempo para deixar a coisa de molho.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
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