Como descrever a sensação que te dá quando você volta para casa depois de um dia muito bom na Travessa? Sua cabeça não para de funcionar só porque você fechou o caderno. O processo de pensar o romance segue enquanto você olha a Lagoa da janela do táxi. Saio da livraria para o frio da noite, feliz, quase exultante, essa energia me acompanha até em casa. Há uma necessidade de expansão. Você quer ligar para alguém, contar as pequenas descobertas que fez durante o dia, só que para quem você pode ligar à meia-noite que não vá te xingar (e com razão)? Acaba sobrando para o blog e para as paredes de onde fico quicando até acabar minha bateria e eu desmontar na cama, em geral de madrugada. E é incrível o quanto já consegui avançar nesse fim de semana. Escrevi mais uma cena hoje e daí só falta uma para fechar o quarteto necessário. E cheguei no meio do romance. O negócio agora é ver onde entram as cenas novas. Ver qual a última cena nova que tem pra escrever. Ainda não sei responder se a estrutura atual funciona para alguém que não conhece a história toda como eu. Mas eu gosto de ver os detalhes que mudam de versão para versão, coisas que eu não programei, mas que simplesmente apareceram no texto.
Sábado que vem vou para a Bienal ver Elvira Vigna no Café Literário. Meu dia na Travessa terá que ficar para a sexta ou para o domingo, ainda não decidi. Também queria ir na quarta, mas desconfio que não vai dar. Tudo vai depender do que acontecer na segunda e na terça. O trabalho precisa ter prioridade.
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