De volta aos meus sábados sagrados. Hoje eu me olhei no espelho antes de sair de casa e achei estranho não ter pendurados no pescoço meu crachá e meu pen drive. O fim do festival é sempre uma freada brusca e leva um tempo para me acostumar com a ideia de que não preciso mais dormir, comer e tomar banho com meu caderninho de sessões agarrado na mão. Enquanto isso, procuro voltar à rotina. Nada de horários e posso acordar quando eu quiser. Aliás, eu posso voltar a dormir. Essa é uma coisa boa. Também posso voltar a escrever e essa é uma coisa melhor ainda. Passei o dia me sentindo meio enferrujada, mas logo vou voltar ao ritmo. Terei mais duas semanas de Mostra de São Paulo, daí preciso aproveitar ao máximo esse intervalo entre festivais. Como ainda estou no início de um novo texto, o que me fascina é a maneira como os personagens vão tomando forma, cor, corpo. Eles são assim e não assado. Mais até do que a história, é o processo de descobrir quem são essas pessoas que me interessa. Na prática, não há nada de muito original nas minhas histórias. O que mexe comigo é tentar encontrar uma estrutura que seja diferente de outras coisas que já escrevi, botar essas pessoas de pé. Sempre chega um momento em que esses personagens começam a respirar sozinhos, a andar por aí no mundo. Esse é o momento pelo qual espero em tudo o que escrevo. É nesse momento que saio saltitando da livraria, feliz da vida, parecendo aqueles desenhos do Snoopy dançando. Life is good.
sábado, 10 de outubro de 2009
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